Uma pessoa ingressa no seu escritório. Não agendou horário, esperou por quase uma hora para ser atendido e quando senta na frente do advogado diz: “Doutor, você é o único que pode me ajudar!”.
Esta cena não é de um filme, mas da realidade diária dos escritórios de advocacia.
Este cliente buscou o escritório com um único propósito: Resolver o seu problema. Para ele não existe processo judicial, processo eletrônico, oficial de justiça, juiz, promotor, desembargador, recurso… Para ele existe um problema e a solução é o advogado que está na frente dele.
Todos nós sabemos que a advocacia não é uma profissão de fim, mas sim de meio, portanto, somos o instrumento para realização da justiça, mas não somos a justiça em si. Aliás, para quem não se lembra, está no artigo 133 da Constituição Federal Brasileira: “Artigo 133 – O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.”
E como lidar com a bendita expectativa do cliente?
Simples: Sendo verdadeiro.
Nada de firulas, enrolação ou como alguns gostam de dizer “eu falo de uma maneira diferente”. Basta dizer: O seu caso é assim, o que irá acontecer é ingressarmos com a ação Y e teremos uma possibilidade de liminar, etc.
Com a verdade, o cliente fica satisfeito. Com enrolações, a expectativa somente aumenta e o tiro pode sair pela culatra.
Com a verdade, se a liminar não for ganha, é uma explicação e atitudes que serão tomadas (recurso, etc).
Com a enrolação, nenhuma explicação será plausível, pois como antes de contratar a certeza existia e agora temos uma liminar indeferida?
Alguns irão dizer: Mas, se eu somente explicar o processo ao cliente, ele vai no outro advogado que diz que resolve em dois dias e eu perco o cliente!
Sim! É verdade.
Mas, igualmente é verdade que se a liminar não for ganha o cliente nunca mais irá procurar aquele profissional.
A verdade se traduz em clientes sempre indicando outros clientes. A enrolação apenas em uma tentativa de ganho rápido que pode acabar na primeira liminar indeferida.
Analisar a expectativa do cliente e auxilia-lo a vencê-la é o primeiro passo para fidelizar o cliente.
Depois, a verdade, conhecimento e estratégia do profissional definem os rumos desta relação cliente – advogado.
Reflita sobre isto.
Analise nos clientes que hoje ingressam no escritório.
Verás que com expectativa e frustração não devemos brincar.
Muito sucesso!!!
Ótimo blog. a única crítica é que não possui RSS. Imperdoável.
CurtirCurtir
Roger,
Obrigado pelo seu comentário!
Há RSS sim! Basta ir até o final da página…
CurtirCurtir
Que distraído, hehehe… agora então é perfeito. Abraços.
CurtirCurtir
Gostei muito do texto, parabéns! De todas as realidades ai temos duas que são pilares. “…a advocacia não é uma profissão de fim, mas sim de meio…” “Verás que com expectativa e frustração não devemos brincar.” Compreender isso e explicar para o cliente é terrivelmente necessário. Pois passamos de Salvador a “Fracassados”.
Então é isso, continuamos a lutar por um bom se na especial atendimento e por um resultado satisfatório.
Mais uma vez, parabéns pelo texto.
CurtirCurtir
Obrigado pelo seu comentario Tales!
Com certeza, a visão é que faz toda a diferença hoje em dia no mercado e distingue o profissional simples do advogado com A maiúsculo!
CurtirCurtir