Muitos escritórios se perguntam se devem se especializar em boutiques ou serem generalistas em termos de áreas de atuação.
Parece uma resposta óbvia, boutique é quem tem matérias bem específicas e quem não as tem, tem que atuar mais generalista.
Contudo, uma febre tem assolado o mercado: Ser generalista parece um erro. O ideal é ser especializado.
Em alguns casos, concordo. Noutros, penso que é um erro crasso.
Aliás, Einstein há mais de um século, já afirmava isto:
O Problema da Especialização
O domínio dos factos explicáveis pela ciência alargou enormemente, e o conhecimento teórico em todos os campos da ciência tem sido aprofundado, para além do que podia esperar-se. A capacidade de compreensão humana, porém, é e será sempre muito limitada. Assim não podia deixar de acontecer que a actividade do investigador individual tivesse que restringir-se a um sector, cada vez mais limitado, do conhecimento científico geral. Mas o mais grave é que esta especialização faz que a compreensão geral da ciência como um todo — sem a qual o verdadeiro investigador cristaliza forçosamente — tenha de marcar passo com a evolução, o que se torna cada vez mais difícil. Cria-se, assim, uma situação idêntica àquela que, na Bíblia, é simbolicamente representada pela História da torre de Babel. Todo o investigador honesto tem a dolorosa consciência dessa limitação involuntária a um círculo de compreensão cada vez mais apertado, que ameaça roubar as grandes perspectivas ao investigador e o reduz a simples obreiro.
Albert Einstein, in ‘Como Vejo o Mundo’
As perguntas que faço:
+ Sou tão especialista e conhecido nesta matéria que atuo?
+ Tenho contatos, clientes e mercado/negócios nesta área para fixar bandeira e seguir adiante?
+ Meu conhecimento é mais geral e tenho clientes em diversas áreas? Especializar pode assustar clientes, não?
+ Qual o problema em ser generalista? O importante é ter produtos e um carro chefe, mas atuar em diversas áreas minimiza o risco.
+ Atuar em áreas afins (tipo trabalhista e previdenciário)? Sim, fideliza o cliente no mesmo escritório, que não procurará outro para assuntos jurídicos.
Enfim,
Boutique ou generalista? Você escolhe. O sucesso do seu escritório passa por esta e muitas outras decisões.
____________________________________________________
Artigo escrito por Gustavo Rocha
GustavoRocha.com – Gestão e Tecnologia Estratégicas
Bruke Investimentos – Negócios, Valuation, Fusões e Aquisições, Oportunidades
Celular/WhatsApp/Facebook Messenger: (51) 8163.3333 |
Contato Integrado: gustavo@gustavorocha.com [Mail, Skype, Gtalk/HangOut, Twitter, LinkedIn, Facebook, Instagram, Youtube] |
Web: http://www.gustavorocha.com | http://www.bruke.com.br |
Ser especialista é bom, sem perder a perspectiva. É preciso estar atualizado na sua área específica, porém como tudo se relaciona e tem a ver com…, é preciso investigar sempre porque nada é isolado.
CurtirCurtir
Bem por aí Ana!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Interessante reflexão, parabéns! Tendo em vista a diversidade de ramos da ciência jurídica, penso que o especialista consegue ser mais assertivo naquilo em que de fato buscou aprofundar seu conhecimento. Contudo, é importante estar conectado e atento ao que está acontecendo, pois como bem observou a colega Ana, tudo se relaciona e se comunica, e novas oportunidades sempre aparecem.
CurtirCurtir
Obrigado Alex!
CurtirCurtir