Divido um artigo de Rubens Fava que nos traduz uma reflexão gerencial e de vida.
Cenoura, ovo ou café?
Por Rubens Fava
Um jovem gerente foi se queixar ao velho diretor sobre
sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis
para ele.
Apesar de seu esforço parecia que as coisas
não aconteciam e os objetivos se mostravam cada
vez mais difíceis de ser alcançado.
Ele já não sabia mais o que fazer e queria desistir.
Estava cansado de lutar e combater.
Tinha a impressão de que assim que um problema
estava resolvido outro surgia.
O velho diretor convidou para ir até a cozinha
do restaurante da empresa, lá chegando encheu
três panelas com água e colocou cada uma delas em
fogo alto.
Em uma, ele colocou cenouras, em outra ovos e, na
última, pó de café.
Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra.
O gerente deu um suspiro e esperou
impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo.
Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas
de gás.
Pescou as cenouras e as colocou em uma tigela.
Retirou os ovos e os colocou em um prato.
Então, pegou o café com uma concha e o colocou em
uma jarra.
Virando-se para o jovem gerente, perguntou:
– O que você está vendo?
– Cenouras, ovos e café – respondeu ele.
O velho diretor tocou no braço do gerente trazendo-o
para mais perto e pediu para experimentar as cenouras.
Ele obedeceu e notou que as cenouras estavam macias.
O velho diretor, então, pediu que pegasse um ovo
e o quebrasse.
O jovem gerente obedeceu e depois de retirar a
casca verificou que o ovo endurecera com a fervura.
Finalmente, o velho diretor pediu que tomasse um gole
do café. O gerente sorriu ao provar seu aroma delicioso.
– O que isto significa? – indagou o jovem gerente.
O velho diretor sorriu e explicou:
– Tanto as cenouras, quanto os ovos e o café
enfrentaram a mesma adversidade, a água fervendo,
mas, cada um reagiu de maneira diferente.
Pegando uma cenoura disse:
– A cenoura que entrou forte, firme e inflexível, depois
de ter sido submetida à água fervendo, amoleceu e
se tornou frágil.
Tomando um ovo na mão, continuou dizendo:
– Os ovos que se mostravam frágeis, com sua casca
fina protegendo o líquido, depois de terem sido fervidos
na água, seu interior se tornou mais rijo.
Dirigindo seu olhar para o recipiente de café disse:
– O pó de café, contudo, é incomparável, depois de ter
sido colocado na água fervente, ele mudou a água.
Silenciou-se por um instante esperando algum
comentário de seu gerente que não veio, então indagou:
– Qual deles é você como gestor? Quando a
adversidade bate à sua porta, como você responde?
Você é como a cenoura que parece forte, mas, com
os problemas e as adversidades você murcha,
torna-se frágil e perde sua força?
O jovem gerente nada disse, apenas acompanhava
atento as indagações do velho diretor que continuou:
– Ou você é como a cenoura que parece forte, mas, com
os problemas e as adversidades murcha, torna-se
frágil e perde sua força?
Apontando para os ovos continuou:
– Você, por acaso, é como o ovo, que começa com
um coração maleável, mas, depois de alguma decepção
por um resultado que não veio de acordo com o
que planejou, você se torna duro, intolerante, ríspido
com seus colegas apesar de a casca parecer a mesma?
O velho diretor aproximou-se da jarra tentando
sentir o aroma do café depois indagou
– Ou você é como o pó de café, capaz de transformar
os problemas e as adversidades em oportunidades
de buscar resultados melhores?
Todos nós, como gestores, somos responsáveis por
nossa postura e por nossas ações diante dos
inúmeros desafios corporativos.
Se você irá agir como cenoura, como ovo ou como
café, isso só depende de você.
Originalmente publicado no site: http://www.administradores.com.br/artigos/
cenoura_ovo_ou_cafe/25701/
Obrigado Gustavo!
Seu texto tem um poder transformador, o qual nos leva a refletir sobre as inúmeras situações nas quais todos os dias somos levados a ter de escolher em ser como uma cenoura, como um ovo ou como um café.
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Agradeço o comentário Tiago!
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