Quando pensamos em 7 de Setembro, lembramos imediatamente da independência.
Independência é sinônimo de ser livre.
E ser livre, nos remete a direitos e obrigações dentro de uma democracia, certo?
Então, pela dedução lógica, temos que pensar em liberdade quando pensamos no dia 7 de Setembro.
A liberdade é um direito insculpido constitucionalmente. Sua importância no direito é universal, posto que o maior bem que podemos perder é a nossa liberdade.
Sermos livres significa termos livre arbítrio.
Como assim?
Ora, se somos livres, tomamos decisões que desde que não ofendam o Estado Democrático de Direito e não estejam prescritas como verbos de tipo criminal, são permitidas.
Então, por óbvio, toda inovação, criatividade e bom senso são permitidos desde que não defesos em lei.
Até aqui a lógica está simples, não?
Por isto, vamos iniciar esta semana mais curta com ideias simples que podem transformar a advocacia:
Liberdade;
Livre Arbítrio;
Consequências;
Para ser livre, preciso exercer meu livre arbítrio fazendo escolhas e, portanto, assumir as consequências de minhas escolhas.
Para ser livre, preciso questionar, pensar, debater, racionalizar.
Para ser livre, preciso combater o obscurandismo, o temerário, o ilusório.
De tal sorte, que para ser livre posso questionar minhas atuais atitudes e refletir como por exemplo:
* Meu escritório existe há 15 anos e sempre atuou na área trabalhista. Que tal pensar em atuar na área previdenciária?
Este pensamento pode ser um agregador de valor ao seu negócio. Pode ser uma escolha atuar na área trabalhista. Contudo, pensar no porque não atuo noutra área tão próxima e afeta à área trabalhista como previdenciário pode ser de valor inestimável ao seu negócio. Outro questionamento interessante: Como vou criar esta área? Com recursos próprios? Vou fortalecer uma aliança com outro escritório?
* Tenho um sistema de controle de processos que uso há bastante tempo e estou acostumado com ele. Ele me atende em todas as minhas necessidades?
Outra importante reflexão. Muitos profissionais ficam com sistemas obsoletos, difíceis de mudar, sem nenhum tipo de perspectiva de futuro e de mercado (ou seja, sistemas não web, sem GED, sem workflow, sem controles avançados de ações, funcionários e financeiro, etc) apenas porque compraram o sistema e não querem investir mais, outras vezes porque não querem encarar um processo de mudança, entre outras razões. Um sistema adequado a sua realidade pode e faz toda a diferença. Pense num sistema de Gestão do seu escritório e não em controle de processos.
* Tenho funcionários com mais de 10 anos de escritório. Como estou investindo na minha equipe?
Um pensamento fundamental para o desenvolvimento. Invisto em cursos, pago pós-graduações ou graduações, treino periodicamente em assuntos da área de atuação e gestão? Tenho um plano de carreira estruturado? Os salários que ofereço estão compatíveis com o mercado (não por ouvir falar ou pegar um escritório que paga menos e dizer que paga mais, mas sim, analisar o mercado como um todo)? Reter funcionários estratégicos pode ser de suma importância. O mesmo vale se ele não é estratégico, mas está há 10 anos no escritório com o mesmo rendimento em termos de trabalho. Treine, invista e busque moldá-lo as novas realidades. Não deu certo? Paciência. Demiti-lo é a melhor opção.
=> Em resumo: ser livre significa fazer escolhas. Faça a escolha que pode mudar o seu escritório. Pense nele!
Pense nas formas de como é estruturado, na questão de sistemas, fluxos internos, etc. Pense e critique (não as pessoas, mas os procedimentos) e veja o que pode ser mudado.
Aproveite a liberdade do 7 de Setembro.
Seja livre e exerça a sua liberdade de escolha.
GustavoRocha.com 