Roberto Rodrigues escreveu um artigo citando sete regras de convivência humana que é um relato de uma aula de Goffredo Telles Junior.
Cito as regras conforme foram escritas:
Primeira regra: “Ser simples de coração e atitude”.
Queria com isso dizer que por mais poderoso possa alguém ser deve banir do coração a arrogância e a insolência. Propunha abafar o orgulho porque a essência humana é uma só, e o poder é passageiro.
Segunda regra: “Ser verdadeiro, mas não falar oracularmente”.
E nessa regra firmava posição irredutível de compromisso com a verdade: nunca escamoteá-la, jamais traí-la, não adulterá-la, não se corromper. Sem a pretensão de ser o dono da verdade, é preciso entender que ela, por circunstâncias, pode até mudar, se prova cabal houver para isso. Portanto, pregar e praticar a verdade não significa ser oracular, absolutamente certo.
Terceira regra: “Saber ouvir, saber reconsiderar, saber confessar nosso engano”.
Saber ouvir, segundo o mestre, não é só escutar: é adentrar o espírito das palavras ouvidas, entendê-las sem preconceito, mesmo discordando ou eventualmente duvidando. Dizia que quem sabe ouvir aprende a evoluir.
Quarta regra: “Não ferir o amor-próprio alheio”. Essa é uma regra de ouro, porque a ferida do amor-próprio não se cura.
Daí que o cinismo e o sarcasmo são armas violentas que matam o entendimento e a amizade. Zombar de outrem é uma agressão inaceitável e muitas vezes covarde. Quinta regra: “Não atormentar o próximo com críticas ou lamúrias”.
A crítica só faz sentido se for construtiva e nunca terá valor se praticada por inveja, despeito ou incapacidade de fazer bem feito.
A crítica como incentivo, sim, mas com muito cuidado, para não ofender e diminuir.
Quanto à lamúria, é sempre um desrespeito para o interlocutor otimista. O lamuriento é um chato, deve guardar suas penas só para si. Sua atitude é um lamento em si mesma. Sexta regra: “Evitar a intimidade”.
E explicava que ser íntimo pode representar a invasão da alma, descerrar o mistério do coração do amigo, e isso é perigoso.
Se oferecida, a intimidade pode ser aceita com dignidade, mas buscá-la a qualquer preço destrói a amizade, inviabilizava a convivência. Ver por dentro a alma do amigo o transforma em vassalo, dominado, e isso é terrível para a relação.
Sétima regra: “Ser prestativo, sem se tornar intruso nem servo”.
Aqui, o mestre pregava o amor em sua essência, cristão mesmo, buscando servir sem pedir compensação ou esperá-la. E servir somente quando precisam da gente, não impondo o serviço. Nem deixando que abusem do dedicado espírito colaborador. Servir sempre, em nome do bem e da verdade.
Vamos resumir bem:
1. Ser simples de coração e atitude
2. Ser verdadeiro sem falar ocurlarmente
3. Saber ouvir, saber reconsiderar, saber reconhecer erro.
4. Não ferir o amor-próprio alheio
5. Não atormentar o próximo com críticas ou lamúrias
6. Evitar a intimidade
7. Ser prestativo, sem tornar-se intruso ou servo.
Quantas destas regras você aplica no dia a dia?
Uma ótima sexta-feira e excelente final de semana!!!