Motoboy advogado

Segunda-feira circulou nas notícias curtas do portal Espaço Vital uma notícia dando conta de um anúncio para “motoboy com carteira da OAB” no correio Brasiliense.

O referido anúncio foi publicado no dia 12/07/2009, tendo como inteiro teor:

ESCRITÓRIO ADVOCACIA – MOTOBOY COM OAB contratamos. Interessados enviar curriculo para XXXXX@gmail.com.

O referido anúncio nos leva a uma profunda reflexão: A que ponto chegamos?

Não tenho nada contra os motoboys, aliás profissão indispensável na correria do nosso dia a dia.

Contudo, a advocacia não é um misto de motoboy e OAB.

Advocacia é uma profissão que necessita e pede com urgência para ser valorizada.

Advocacia é o instrumento da Justiça, como bem preceitua a Constituição Federal.

Advocacia é uma profissão que mescla outras profissões em conhecimento e utilização, pois o advogado é psicólogo, mediador, organizador, apoiador, entre outros.

Mas, a reflexão e crítica que deve ser feita paira sobre os próprios advogados.

São os próprios profissionais que auxiliam na depredação da profissão.

Advogados que cobram R$ 200,00 (duzentos reais) para fazer uma separação litigiosa.

Advogados que dizem ao cliente “Não se preocupe, isto é fácil”.

Advogados que dizem que é 100% garantido o sucesso da causa que sequer podem ser chamadas de ações, por falta de escopo jurídico.

Enfim, como qualquer profissão, temos advogados que não poderiam ser advogados.

Por óbvio, ser arrogante não é a solução.

Por óbvio, estes profissionais ruins devem ser repreendidos.

Por óbvio, a solução está no planejamento, estratégia de atuação e busca de mercado competitivo.

Então, o que fazer?

Repudiar atitudes como esta, representar na OAB os casos em que fere o código de ética, buscar naquilo que somos indispensáveis para atingir o âmago de nosso objetivo: a justiça.

Se você pensa que nada irá acontecer e continuar a não fazer nada, nada irá acontecer mesmo.

A única pessoa que pode mudar o mundo é você, lembre-se disto!

Mãos a obra!

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