Em Julho de 2010 escrevi sobre o Hootsuite, um portal na internet que permite gerenciar várias contas de twitter. Naquela ocasião, eles haviam retirado uma funcionalidade do sistema deles e depois de duas semanas voltaram a colocar, o que rendeu elogios pela atitude. Leia o artigo aqui.
Neste final de Novembro, a mesma empresa volta a decepcionar.
Em uma era em que todos estamos buscando na internet nossos contatos, serviços melhores e mais eficientes, eles enviam um email informando que dentro de x dias estarão cobrando pelo uso do serviço. Terão uma versão gratuita com poucos recursos e gerenciamento de poucas contas e somente na versão paga ($ 6,00 – seis dólares ao mês) teria direito a todas as funcionalidades que até então estava usando há mais de um ano.
Além da falta de sensibilidade com os atuais clientes – se quer cobrar, cobre de quem nunca usou o serviço e não de quem ajudou a desenvolver a marca – a atitude deles está totalmente em contrasenso a tendencia da Internet e das Redes Sociais.
Na semana passada uma reportagem demonstrou que dois Jornais – um Britanico outro Americano – ao tentar cobrar para ler seu conteudo na web tiveram uma redução de 38% do Jornal Britanico em duas semanas e do Jornal Americano Times perdeu nada menos que 95% de seus leitores. Leia aqui.
Isto mesmo, 95% dos leitores.
Há tantas formas de ganhar dinheiro na internet, mas cobrar por sistemas que gerenciam produtos gratuitos como Twitter não é uma delas ao meu ver.
Voltei para o bom TweetDeck. Tem tudo que o Hootsuite tem e ainda coloquei ele no celular. Acesse aqui para baixar.
Ao meu sentir, cobrar por serviços prestados é algo muito útil e importante, afinal ninguém trabalha de graça. Contudo, querer cobrar por um serviço que tem como base ser gratuito (twitter) e não pensar que ao invés do usuário final (nós) poderia ter interesse de inúmeras empresas em vender seus produtos através de anúncios, posts direcionados, etc…. É falta de criatividade. Até o twitter por si só já tem links patrocinados… E não quer cobrar de seus usuários.
E a pergunta: Pagar ou não pagar conteúdos na internet?
Claro, esta será uma resposta que levará algum tempo para ser respondida, pois estamos no início destas tentativas de cobranças e de um mercado de redes sociais e negócios na internet em plena expansão.
Viveremos e veremos o que o tempo dirá!
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Diretor da Consultoria GestaoAdvBr
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