Talvez você saiba, talvez não, mas desde 2002 temos escritórios estrangeiros operando no Brasil. Recentemente a OAB se pronunciou a respeito, informando que está ampliando a fiscalização destes para que eles apenas prestem consultoria em direito internacional. Leia mais aqui.
Nesta semana li um artigo escrito por um consultor de tecnologia para escritórios jurídicos do Reino Unido onde ele critica o Brasil e a Índia pelo seu protecionismo em relação aos escritórios de advocacia. Leia mais aqui.
Três aspectos são fundamentais ao meu ver sobre este tema:
1. Historicamente;
2. Protecionismo;
3. Mercado;
Vamos analisar um a um e refletirmos a respeito.
1. Historicamente
Desde a crise mundial em 2008 se fala mais no Brasil. É notório que todos estão observando o Brasil como um potencial mercado e outros até afirmam como o mercado do futuro. Isto vale para qualquer tipo de negócio, inclusive a advocacia, que mesmo não sendo mercantilista, é um negócio.
Temos a faca e o queijo para crescermos, certo? Todos querem nosso mercado, certo? Devemos nos proteger desta invasão, certo?
Aí eu questiono: Pra que nos proteger?
Porque queremos ficar fora do mercado? Porque queremos estar a margem?
Isto nos leva ao tema Protecionismo.
2. Protecionismo
Protecionismo ou cuidado?
Esta para mim é a grande diferença. Devemos deixar de ser protecionistas unica e exclusivamente. Temos que criar regras em que o mercado se torne competitivo para nós e para os estrangeiros. Não podemos somente criar barreiras ao estrangeiros como se eles fossem o problema que temos para uma vida melhor. Ser xenófobo não irá nos trazer nenhum benefício.
Por óbvio, não podemos ignorar as regras e querer total igualdade de condições. Contudo, ao sermos unicamente protecionistas, estamos colocando investimentos no Brasil pelo ralo. Precisamos aproveitar esta fase positiva para nos desenvolvermos com sustentabilidade, ou seja, com visão, planejamento, organização, regras e principalmente diretrizes, mas nunca com ordens como se fossemos subjulgados.
Precisamos cuidar do mercado, evitar a inflação, estimular a economia e trazer novos investimentos.
Lembre-se: Um negócio somente é bom se for para ambas as partes…
3. Negócio
A advocacia precisa de processos?
Se você pensa assim, está indo na contramão do mercado.
A advocacia precisa de negócios.
Precisamos perceber que o advogado cada vez mais é um profissional requisitado por seus conhecimentos jurídicos e de mercado e não apenas jurídicos.
Quem precisa de processos para existir é o judiciário!
Precisamos de advogados com conhecimento jurídico, visão empresarial e de mercado.
E você? Tem medo do mercado?
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Diretor da Consultoria GestaoAdvBr
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