Advogado estrangeiro? Até nos EUA…

estrangeiroEm Outubro, o Estado da Califórnia assinou uma lei que autoriza a Suprema Corte Americana a conceder licença profissional a qualquer advogado estrangeiro, independente de ser ou não regular como imigrante no país: Basta passar no exame de Ordem americano.

Uma forma de socializar a advocacia? Claro que não.

Uma forma de abrandar o visto americano? Também não.

Em fato, uma ação que vai contra as principais decisões americanas: Na maioria dos Estados, há justamente a maioria contra estrangeiros e dos mesmos trabalharem no país.

O caso que mudou tudo isto foi do bacharel Sergio Garcia, de origem mexicana. Seu caso provocou comoção no meio jurídico americano. Ele veio para os EUA com 1 ano e meio de idade, frequentou escolas no país, do jardim de infância à faculdade de Direito, passou no Exame de Ordem na primeira tentativa, em 2009, mas não conseguiu sua licença profissional na Suprema Corte da Califórnia por interferência do Departamento de Justiça. (http://www.conjur.com.br/2013-out-07/california-porta-entrada-advogados-estrangeiros-atuarem-eua)

E no Brasil?

Temos a figura de escritórios estrangeiros convivendo com Brasileiros desde 2002. Muito mudou? Diria que nem tanto. Em algumas áreas, os estrangeiros são excelentes parceiros, dominam mais o mercado, mas em tantas outras nossos brazucas mandam ver.

Medo de concorrência?

Sinceramente, só pra quem não planeja nada, não investe e nem quer saber de tecnologia. Há muito mercado aberto e se abrindo na advocacia.

Um mercado que cada vez mais quer advogados com conhecimento de negócios, advogados preparados não para peticionar, mas para resolver.

Isto sim mudou. A advocacia não é uma profissão de covardes, como afirmou Sobral Pinto, mas tem mudado todos os dias para provar que só que é bom é que fica.

Advogados acomodados ou que buscam apenas o prazer sem querer o trabalho, ficam cada vez mais distantes da realidade jurídica.

O trabalho faz a diferença, seja ele feito por brasileiros, seja por estrangeiros.

E fica a reflexão de Rui Barbosa:

“Oração e trabalho são os recursos mais poderosos na criação moral do homem. A oração é o íntimo sublimar-se da alma pelo contacto com Deus. O trabalho é o inteirar, o desenvolver, o apurar das energias do corpo e do espírito, mediante a ação contínua sobre si mesmos e sobre o mundo onde labutamos. O indivíduo que trabalha acerca-se continuamente do autor de todas as coisas, tomando na sua obra uma parte de que depende também a dele. O Criador começa e a criatura acaba a criação de si própria. Quem quer, pois, que trabalhe, está em oração ao Senhor. Ora­ção pelos atos, ela emparelha com a oração pelo culto. Nem pode ser que uma ande verdadeiramente sem a outra. Não é trabalho digno de tal nome o do mau, porque a malícia do trabalhador o contamina. Não é oração aceitável a do ocioso, porque a ociosidade a dessagra. Mas quando o trabalho se junta à oração, e a oração com o trabalho, a segunda criação do homem, a criação do homem pelo homem, semelha, às vezes, em maravilhas, a criação do homem pelo divino Criador. ” Rui Barbosa

Quer trabalhar? Basta ter competência, se encaixar nas normas do país (Exame de Ordem) e seja bem-vindo!

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Artigo escrito por Gustavo Rocha
Sócio da GestãoAdvBr – Consultoria em Gestão e Tecnologia Estratégicas
Sócio da Bruke Investimentos
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4 comentários sobre “Advogado estrangeiro? Até nos EUA…

  1. Muito legal, desejo receber informações de parceria jurídica em outros países, bem como da atuação de advogados estrangeiros naqueles, mas em específico nos E.U.A.
    De certa forma, nos parece que lá há uma maior concentração na oralidade dos processos, o que a princípio gera maior celeridade.

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